As coisas que marcam a gente quando criança nunca saem da nossa memória. Música então...
Há uma certa seqüência de músicas que ficou marcada na minha memória. Pelos meus cálculos, ela deve ser mais ou menos de 94 ou 95, ano em que eu ouvia e cantava clássicos como "uma deusa, uma louca, uma feiticeira... ela é demais!" ou "a saudade é o prego, coração é um martelo, fere o peito e dói na alma e vai virando um flagelo"... Essas e outras pérolas eram entonadas a todo vapor nas nossas viagens a praia e a Críuva, na casa de campo da minha vó. Eram toneladas de fitas K7 e alguns poucos CDs e uma inocência absurda.
Me lembro em especial de uma sequência, que meu inglês arcaico não deixa esquecer nunca: começava com aquele reggae com início estranho cuja letra era "a gu tu be lov... en bi loov" (que mais tarde descobri ser "Could You Be Loved", do Bob Marley). Depois vinha a música do coro assustador e da janela quebrando ("Another Brick In The Wall", do Pink Floyd - ou "a música das crianças virando massa"). E depois vinha aquela música que nunca descobri qual era, mas cujo refrão nunca esqueci. Era algo como "Roup au bilibibus... roup au bilibibus... roup au bilibibus..." Anos passaram e nunca ouvi aquela música de novo, a fita se perdeu, veio o MP3 e as toneladas de músicas que conheci. E aquela canção ficou na história.
Até que esses dias, ouvi ela de novo. Numa matéria bem imbecil no jornal do meio-dia.
E adivinha o que era?
Hope of deliverance + inglês arcaico = roup au bilibibus. Simples!
Sim, ele mesmo. Sir Paul. E agora eu vou ver ele, semana que vem, ao vivo (e do Gramado Premium =P). Não adianta. O que vai, volta.
Thank you, Sir Paul. Desde os meus 7 anos, presente, mesmo sem querer.
=)
Nenhum comentário:
Postar um comentário